Doença de Alzheimer
15/09/2017
Doença de Alzheimer
O que é Alzheimer?
Por ser uma demência, o Alzheimer é um declínio progressivo das funções cerebrais como memória, orientação, atenção e linguagem, raciocínio, lógica, alterações comportamentais e motivacionais, causada pela morte de células neurais. Hoje, segundo dados da ABRAz ( Associação Brasileira de Alzheimer), 54% dos idosos com demências têm Alzheimer e os casos só crescem ano após ano. Se em 2010, 1 milhão de idosos no Brasil tinham Alzheimer, em 2020 seguindo as proporções, serão 1,6 milhão.
Fatores de risco
A idade é o principal fator de risco, quanto mais elevada a idade, maior as chances de desenvolver a doença ou outras demências. A questão genética também influencia e alguns estudos apontam que pessoas com histórico familiar da doença, tem maior probabilidade de desenvolver, do que pessoas que não possuem o histórico familiar.
A escolaridade, por sua vez, também tem um papel importante, pois pessoas com alta escolaridade e com habilidades intelectuais complexas, tendem a apresentar os sinais e sintomas da doença em seu estágio mais avançado, pois necessitam de uma perda de células neurais maior, para que a doença se manifeste. O estilo de vida também influencia, já que alguns estudos demonstram que doenças como obesidade, tabagismo, hipertensão e diabetes, se não bem controladas, elevam as chances de desenvolver a demência na velhice.
Sinais e Sintomas
Os sintomas são diferentes em cada paciente e alteram-se com a progressão da doença. Geralmente a fase inicial apresenta-se da seguinte forma:
- Alterações de memória;
- Dificuldade em atribuir nomes a pessoas e a objetos;
- Possível perda de capacidade de decisão;
- Possível perda de interesse nas ocupações que antes lhe davam prazer;
- Pode demonstrar sintomas de depressão e irritabilidade.
À medida que a doença evolui, as dificuldades tornam-se mais visíveis e o doente perde a autonomia. Em uma fase mais intermediária, geralmente o paciente apresenta:
- Degradação pronunciada da memória;
- Tem dificuldade em expressar-se;
- Demonstra desorientação relativamente ao espaço e ao tempo;
- Não é capaz de fazer tarefas rotineiras simples;
- Necessita de ajuda com a higiene pessoal;
- Apresenta comportamentos socialmente desadequados ou pouco usuais;
Com a progressão da doença, o doente torna-se totalmente dependente e geralmente apresenta esses sinais:
- Não reconhece os seus familiares;
- Não consegue compreender o que se passa em seu redor;
- É incapaz de cuidar de si;
- Não se orienta dentro de casa;
- Tem dificuldade em andar;
- Perde o controlo do esfíncter;
- Pode ficar acamada ou precisar de uma cadeira de rodas para se movimentar.
Tratamento
Farmacológico
Muitos estudos apontam que os principais sintomas da doenças são consequência das alterações do nível de acetilcolina no cérebro. Assim a maior parte dos medicamentos utilizados atuam de forma a inibir a degradação da acetilcolina, os mais conhecidos são: rivastigmina, donepezila, e galantamina. Esses podem estar associados a outros medicamentos que promovem uma neuroplasticidade, ou seja, estimulam a renovação das células neurais.
Os resultados esperados na utilização dos medicamentos é o alívio dos sintomas e a estabilidade da doença que passa quando a mesma volta a evoluir. Os sintomais comportamentais e psicológicos podem ser tratados com medicamentos específicos para cada sintoma.
Não-Farmacológico
- Treino de memória;
- Terapia ocupacional;
- Fisioterapia;
- Jogos lúdicos;
- Estímulos sociais;
- Atividade física.